A cidade de Ponta Grossa (PR) passa a abrigar uma das iniciativas mais importantes para o futuro do transporte sustentável no Brasil. Foi inaugurado o maior posto de GNV (gás natural veicular) para frotas pesadas do país, localizado no km 510 da BR-376, dentro do complexo Parada Vendrami.

Estrutura de ponta para o transporte rodoviário

O novo posto tem capacidade para atender até 300 caminhões por dia, com seis pontos de abastecimento simultâneos e vazão de aproximadamente 3.000 m³/h de gás natural. Essa estrutura faz dele um marco na ampliação da infraestrutura necessária para caminhões movidos a GNV no território nacional.

Além de abastecer frotas pesadas, o espaço também poderá funcionar como base de distribuição de gás natural comprimido (GNC) para indústrias e outros postos de combustíveis.

Biometano: energia limpa no horizonte

Um dos destaques é o planejamento para iniciar, em janeiro de 2026, a operação com biometano. O combustível será produzido a partir de resíduos do aterro sanitário de Ponta Grossa, em parceria com a empresa Zero Resíduos.

Com isso, o posto será o primeiro do Brasil a oferecer combustível renovável para o setor de transporte pesado, fortalecendo a agenda de descarbonização logística.

Complexo Parada Vendrami: mais que um posto

O investimento faz parte do complexo Parada Vendrami, que ocupa uma área de 42 mil m², sendo 5,5 mil m² construídos.
Além do abastecimento, o local conta com infraestrutura completa para motoristas e viajantes: estacionamento, oficinas, restaurantes, conveniência e até uma unidade Shell Café, inaugurada junto com o posto de combustíveis líquidos da Rede Azul.

Sustentabilidade e logística no Paraná

O projeto integra o programa Corredores Sustentáveis, da Compagas, que busca criar rotas de abastecimento rodoviário com gás natural no Paraná. A iniciativa tem como meta reduzir custos logísticos e acelerar a transição energética no setor de transportes.

Conclusão

A inauguração do posto de GNV em Ponta Grossa simboliza um novo passo para o transporte sustentável no Brasil. Além de impulsionar a economia local, a estrutura representa um avanço estratégico rumo à substituição gradual do diesel por alternativas mais limpas, como o gás natural e o biometano.